A ação da PrograMaria em parceria com a Intel, além do apoio da Transempregos, recebeu mais de 400 inscrições  e debateu sobre a importância da diversidade e inclusão no mercado da tecnologia

O evento PrograMaria Encontros Potência que transforma: pessoas trans e travestis na tecnologia aconteceu no dia 06/05 com um time de profissionais que debateram sobre a diversidade e a importância de revelar potências para real inclusão em empresas na área da tecnologia.

O evento iniciou com Iana Chan, CEO e fundadora da PrograMaria, com informações sobre o mercado da tecnologia. “Segundo dados do PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, mulheres são apenas 17% da força de trabalho no mercado brasileiro de TI”, explicou. 

Iana também destacou para o fato do Brasil ser o país que mais mata pessoas trans e travestis, majoritariamente negras, de acordo com a Antra. “Desde que a PrograMaria surgiu  em 2015, a gente foi justamente amadurecendo e aprendendo o que significava diversidade”, conta a fundadora da Transempregos.

Parceria com a Intel por #MaisDiversidadeNaTecnologia

Carolina Prado, head de Comunicação na Intel, foi a mediadora do primeiro painel da noite, com o seguinte tema: Ações práticas para real diversidade e inclusão na tecnologia. Contou com participação de Maite Schneider, Cofundadora da Transempregos,  Melissa Cassimiro, Consultora Sênior da Accenture Operations, e Reinaldo Bulgarelli, Secretário Executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.

“A vida é plural, cheia de encruzilhadas e cruzamentos. A gente olha às vezes para a questão da interseccionalidade como um problema, mas também devemos ver pela riqueza, pela ótica da contribuição”, relatou Bulgarelli, sobre o movimento por mais diversidade e inclusão nas empresas.

Para Maite Schneider, Cofundadora da Transempregos, o maior e mais antigo projeto voltado para a empregabilidade de profissionais trans e travestis, que atua em todo o território nacional, há diversas dificuldades que as pessoas apresentam quando ela fala sobre pessoas trans e travestis. 

“Nós somos oito bilhões no mundo e diversidades! E, quando falo de pessoas trans nas empresas, apresentam várias dificuldades, por exemplo, como a questão do nome social e o uso do banheiro”, conta a empresária. Ela acrescentou que ações afirmativas para diversidade e inclusão são eficazes para todes e contribuem para que as empresas possam contratar mais pessoas trans e travestis.

Já para Melissa Cassimiro, Consultora Sênior da Accenture, a contratação com base em experiências e habilidades é muito boa, pois traz uma riqueza muito grande no sentido de diversidade para a empresa e construção dos times.

Jornadas na tecnologia

A seguir, o PrograMaria Encontros promoveu um painel com profissionais trans e travestis que atuam na tecnologia e que compartilharam suas jornadas e trajetórias com o público do evento.

Roberta Brandão, Engenheira de Software, Samanttha Neves, Associate Analytical Lead based no Google, Theo Melo, Software Developer na Thinkific e Luiza Araújo Vieira, Analista de Dados na Idwall, contaram sobre vivências e como deram os primeiros passos para trabalhar na área.

Transição de carreira 

De cozinheira para Analista de Dados, Luiza Araújo Vieira passou por vários restaurantes até migrar para a tecnologia. “Não era o que eu queria para a minha vida. Hoje eu trabalho na área de dados e realmente gosto do que faço”, compartilha.

Samanttha Neves tem uma trajetória parecida com a de Luiza sobre a migração de uma área totalmente diferente para a tecnologia. Trabalhou durante 10 anos num salão de beleza, até que decidiu cursar Relações Públicas e hoje trabalha numa empresa global. “Eu entrei no Google com uma ação que contratou 20 jovens negros que não precisavam de inglês fluente. É muito gratificante estar aqui e espero que a minha história inspire pessoas trans e travestis e espero que a tecnologia abre muitos espaços para vocês”, conta Neves.

Theo Melo, que já foi instrutor das primeiras turmas do curso Eu ProgrAmo, da PrograMaria, atualmente mora em Vancouver, no Canadá, conta quando deu os primeiros passos na programação . “A minha história com tecnologia começou ainda no meu primeiro ano na faculdade, na Fatec São Paulo”, explica. Sempre gostou de videogames e jogos.

Assista ao evento na íntegra!

 

CRÉDITOS:

Larissa Vitoriano, Jornalista Tech na PrograMaria

Mestranda em Tecnologia da Informação, Comunicação e Multimédia no Instituto Universitário da Maia, no Porto, Portugal. Experiência em produção de conteúdo para web, pauta e apresentação de televisão, assessoria de imprensa, redes sociais e marketing digital.

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